Está proibida a navegação noturna no Porto de Paranaguá, e durante o dia estão autorizados navios acima de 250 metros de comprimento desde que tenham calado máximo de 9,90 metros (o calado atual é de 11,30 metros).
A determinação foi passada ontem pelo capitão dos portos do Paraná, Marco Antônio do Amaral Silva ao superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina -, Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza. A situação foi diagnosticada pela batimetria realizada no Canal da Galheta pela empresa Paranaguá Pilots Serviços e Praticagem.
Em nota na Agência Estadual de Notícias, o Governo do Paraná coloca a culpa no “mau tempo” para o agravamento da situação no porto. O governo não menciona que a falta de dragagem em seis anos de sua gestão é a verdadeira causa do avanço do assoreamento, que já coloca em risco a navegação diurna em Paranaguá.
O governo também não explica que as licitações de dragagem são barradas na Justiça pela ausência de licenças ambientais e técnicas, como foi o caso do processo verificado na semana passada, quando o juiz federal Roger Raupp Rios atendeu ação popular proposta pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB).
O esforço que se faz no governo do Paraná é para relacionar a situação do Canal da Galheta ao que ocorreu no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, com a diferença que o estado vizinho foi atingido por um dilúvio monumental, razão de toda a tragédia que se sucedeu lá. Felizmente, não foi o caso do Paraná.
O governo do Paraná espera que a Secretaria Especial de Portos (SEP) promova uma dragagem emergencial, com foco nas áreas críticas para melhorar um pouco a situação do Canal da Galheta. “Técnicos da Appa já estão em contato com técnicos da SEP para o levantamento da situação do Canal da Galheta e início dos trabalhos”, diz nota do governo.
Aqui no Paraná, o fenômeno que atinge os portos é outro, levando-se em conta o histórico de problemas nos terminais marítimos. Paranaguá tem sofrido freqüentes reduções de calado por falta de dragagem e interrupção de navegação noturna por deficiência nas bóias de sinalização.
Terminal de álcool
Embargos judiciais são rotina, como no caso do Terminal Público de Álcool que foi construído colado numa área residencial e acabou tendo sua operação cassada pela Justiça.
O terminal foi inaugurado este ano e ficou meses sem funcionar porque o material usado na construção não servia para o tipo de álcool que seria armazenado. O Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) estimou em R$ 8 milhões o “conserto” do terminal.
