O Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária – Conesa, constituído por órgãos do governo estadual e iniciativa privada, realizou na manhã de ontem a nona reunião extraordinária, sob presidência do vice-governador e secretário da Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti. Na ocasião, foram repassados ao Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec), recursos da ordem de R$ 1,3 milhão, autorizados pelo governador Roberto Requião para capitalização do fundo, criado para dar sustentação aos programas oficiais de sanidade bovina, suína e de aves.
Esse aporte financeiro integralizou R$ 17 milhões que foram repassados durante 2004, destinados exclusivamente às situações de emergência para indenizações de animais contaminados e abatidos por doenças endêmicas. Segundo Pessuti, "o Fundo hoje está fortalecido graças ao bom relacionamento do governo estadual e criadores, que estão conscientes da sua importância e contribuíram para isso".
Os resultados da campanha de vacinação contra febre aftosa realizada no Estado em novembro último foram apresentados com otimismo pelo secretário, uma vez que 98,57% dos bovídeos existentes foram vacinados, quando órgãos internacionais de controle de sanidade animal reconhecem como satisfatório o índice de 95% de vacinação. As propriedades que não apresentaram certificado de vacinação estão sendo contatadas por técnicos do Departamento de Fiscalização – Defis, que fazem uma verificação dos motivos alegados. Nas 216.964 propriedades registradas, foram vacinados 10.239.642 animais.
A preocupação dos conselheiros presentes volta-se agora a medidas de controle não só de animais em barreiras, mas também ao trânsito informal de produtos de origem animal, como embutidos e de derivados do leite, que ocorre com freqüência nas fronteiras internacionais, fora dos postos de controle. Uma série de medidas de fiscalização estão sendo estudadas como medida de segurança, não apenas para bovinos, mas também para suínos e aves.
"No entanto, sabemos do grande risco a que estamos expostos, e o Paraná vai oferecer resistência à entrada de qualquer animal ou produto suspeito", afirmou o secretário. Uma nova reunião do Conesa foi convocada para a segunda quinzena de janeiro próximo, quando a estratégia de proteção será apresentada.