Mais uma vez, a Caixa Econômica Federal bateu o recorde em financiamento habitacional. Neste ano, até o dia 28 de novembro, foram assinados 9.495 contratos somente em Curitiba, atingindo um investimento de R$ 540 milhões. Isto corresponde a um crescimento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado.
O aumento também foi verificado em todo o Paraná, com 28.835 contratos assinados neste ano, até novembro, no valor de R$ 1,326 bilhão. Estes dados significam um crescimento de 18% no comparativo com o mesmo período de 2007. Em todo o País, o crescimento foi de 60%, com 446 mil contratos assinados no valor de R$ 20,4 bilhões.
A projeção da Caixa para Curitiba é fechar 2008 com 11 mil contratos, com valor total financiado de R$ 610 milhões. Para o Paraná, o banco acredita que atinge a marca de 33 mil contratos, no valor de R$ 1,530 bilhão.
Os novos recordes foram gerados devido às melhores condições na taxa de juros e prazos para financiamentos. Outro fator importante foi a realização do Feirão Caixa da Casa Própria, que percorreu dez cidades brasileiras. No Brasil, foram fechados 56 mil contratos, no valor de R$ 4 bilhões, somente por intermédio do mutirão.
O gerente regional de negócios da Caixa em Curitiba, Gueber Roberto Laux, explica que pessoas que possuem uma renda de até três salários mínimos representam 40% da contratação total de crédito imobiliário.
A maior parte das pessoas que fazem um financiamento habitacional (67%) tem até 40 anos de idade. “Hoje em dia, as pessoas procuram o imóvel que servem para elas naquele momento, com a expectativa de trocar depois”, comenta.
A inadimplência vem caindo nos últimos anos, de acordo com ele. Em 2001, chegava a 16% do valor total financiado pela Caixa e 5,6% na quantidade de contratos. Atualmente, a inadimplência acima de 90 dias chega a 0,3% nas duas situações.
Este cenário contribui na redução de juros do financiamento. Sobre a origem dos recursos, foram aplicados R$ 272,5 milhões por meio da poupança (SBPE) e R$ 267 milhões com dinheiro vindo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), somente em Curitiba.
Apesar da instabilidade mundial, Laux afirma que 2009 tem tudo para ser um ano excepcional. A estimativa baseia-se no apoio da Caixa para a aquisição de material de construção, no auxílio para as empresas continuarem construindo e também em uma taxa de juros menor para quem financia.
“Quem tem uma renda até R$ 2 mil pode financiar um imóvel até R$ 80 mil com juros que chegam a 6,5% ao ano, o que é bem acessível”, avalia. O segredo para manter o ritmo no setor de construção civil é investir na construção de imóveis até R$ 150 mil, faixa na qual ocorre a maior procura para a compra, diz o executivo.
