economia

Recuperação do País terá tendência vigorosa até fim do ano, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez uma forte defesa da recuperação econômica em seu primeiro dia em Davos (Suíça), onde participa do Fórum Econômico Mundial. A jornalistas brasileiros, ele disse que a recessão do País em 2016, que deve ficar em torno de 3,5%, é a maior da história, mas garantiu que indicadores já mostram claramente que o Brasil está entrando em rota de recuperação. “É uma recessão que herdamos, que foi construída nos últimos anos e da qual estamos saindo”, afirmou.

Meirelles minimizou a redução da previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento do Brasil. Mais uma vez, ele disse que a comparação da média contra a média anual apresenta uma diferença pequena porque deve haver uma queda muito grande em 2016 e crescimento em 2017. “É uma situação que ocorre quando você sai de uma recessão muito forte”, defendeu. “O FMI deixa claro que essa menor previsão de crescimento está relacionada com a queda maior do que o esperado para 2016”, continuou.

Para o ministro, “tudo isso é história, tudo isso é passado”. “Estamos enfrentando (a recessão) e temos certeza de que, quando os números do primeiro trimestre (de 2017) forem divulgados, já vamos ver crescimento.” Ele admitiu que, no ano será um crescimento “bem menor” do que os 2% previstos pelo governo para o último trimestre deste ano na comparação com idêntico período de 2016.

Meirelles comentou também que o FMI tende a ser um pouco mais conservador e lembrou que, no mercado no Brasil, a projeção média está um pouco acima de 0,50% de crescimento do PIB. “O que importa é a trajetória de recuperação da economia, que parte de um nível muito baixo e que terá uma tendência vigorosa até o fim do ano.” Ele disse que a previsão do governo para o ano está em processo de revisão e deve ser apresentada “em algumas semanas”. A estimativa anterior era de expansão de 1%. Questionado sobre se também haverá redução, disse apenas: “Não sabemos”.

O ministro também voltou a dizer que há um número enorme de pedidos de conversas sobre o Brasil durante o Fórum Econômico. “Estamos com dificuldade de acomodar todos os pedidos. Possivelmente não temos condições de atender porque o dia só tem 24 horas.”

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