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Foto: Aliocha Maurício/O Estado

Estudo indicou quedas nas rodovias em estado ótimo e bom e também nas péssimas ou ruins.

O Brasil necessitaria de R$ 22 bilhões para a recuperação de suas estradas, dos quais R$ 1 bilhão seria usado apenas na manutenção. A estimativa é de Flávio Benatti, diretor da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que divulgou ontem o diagnóstico sobre as condições da malha rodoviária do país. De 28 de junho a 5 de agosto, quinze equipes percorreram 84.382 quilômetros.

As quinze equipes da CNT que percorreram as rodovias do país deram notas de zero a 100 para os principais corredores rodoviários, considerando estado de conservação das rodovias, qualidade do pavimento, sinalização e geometria da via, infra-estrutura de apoio ao transporte, praças de pedágio, postos fiscais e balanças.

Ao todo, foram examinados 109 trechos. Deste total, segundo a CNT, 17 ligações foram consideradas ótimas. Todas elas estão privatizadas. A pesquisa da CNT avaliou que 15 trechos são considerados bons, dos quais 8 foram privatizados. Dos 56 avaliados como regulares, a maioria tem gestão estatal. Dos 21 classificados como ruins ou péssimos, todos são administrados pelo governo federal ou estadual.

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A conclusão foi a de que caiu o porcentual de rodovias em estado ótimo e bom de 28% em 2005 para 25% em 2006. O porcentual de rodovias em situação péssima ou ruim também caiu, de 40,2% em 2005 para 36,6% este ano. Já as rodovias consideradas em estado regular aumentaram de 31,8% para 38,4%.

O trecho rodoviário que liga a cidade de São Paulo a Limeira (SP-310, BR-364 e SP-348) foi considerado o melhor do país. Já o pior é o que liga Leopoldina, em Minas Gerais, à BR-262, que faz a ligação entre os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Segundo a CNT, o Estado de São Paulo continua tendo a melhor malha rodoviária do país. Nenhum trecho paranaense consta dos dez melhores. No entanto, a ligação entre Barracão e Cascavel ocupa a 103.ª posição do ranking, a sétima pior avaliada.

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Segundo a CNT, a pesquisa sobre as condições das estradas este ano agregou 2.438 quilômetros a mais que em 2005. O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, não soube informar o reflexo da inclusão destes novos trechos no resultado geral da pesquisa.

Benatti afirmou também que a CNT defende modelos de privatização como as Parcerias Público Privadas (PPPs) ou concessões públicas, já que o ranking montado pela CNT mostra que as melhores rodovias do país são as privatizadas. ?A questão de pagar o pedágio é secundária. O que não dá mais é para operar nestas condições (das rodovias)?, afirmou.

O diretor disse que a operação tapa-buraco iniciada no final do ano passado permitiu a redução do porcentual de rodovias classificadas como ruim e péssimo e a elevação do número das consideradas regulares. Segundo ele, embora tenha havido uma melhora na pavimentação das rodovias, não houve melhoria na sinalização e nos acostamentos.