A composição regional do avanço da produção industrial em junho corrobora o movimento de recuperação dos níveis mais baixos da atividade, registrados na virada de 2015 para 2016: enquanto alguns Estados atingiram os níveis mais baixos em dezembro de 2015 e vêm se recuperando a partir daí, outros começaram esse processo mais recentemente.

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“É uma recuperação recente, mas muito mais em função de um passado reprimido do que de uma recuperação de fato da atividade industrial”, afirmou nesta quarta-feira, 10, Rodrigo Lobo, economista da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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É o fato de alguns Estados terem começado a se recuperar mais tarde que explica algumas fortes altas, na passagem de maio para junho. Os avanços mais intensos na margem ocorreram no Rio de Janeiro (5,7%), Santa Catarina (5,4%), Pará (4,9%) e Rio Grande do Sul (4,6%). Segundo Lobo, Rio e Santa Catarina registraram o ponto mais baixo do nível de produção em fevereiro último, enquanto a indústria gaúcha fez o mesmo em abril.

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Já São Paulo atingiu esse ponto mais baixo em dezembro de 2015. De lá para cá, registrou altas na comparação dessazonalizada com o mês imediatamente anterior em quatro dos seis primeiros meses do ano. O fato de a recuperação ter começado antes ajuda a explicar a alta de 1,5% na produção da indústria paulista na passagem de maio para junho, mais perto da alta de 1,1% registrada na indústria nacional como um todo, de acordo com Lobo.