A economia mundial continua a demonstrar um bom momento de crescimento, mas os próprios fatores que ajudam a impulsioná-la começam a intensificar suas vulnerabilidades e desequilíbrios externos, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Embora os riscos de curto prazo tenham ficado mais equilibrados, os riscos negativos continuam a dominar no médio prazo”, diz o relatório, divulgado por ocasião da cúpula de líderes do G-20, que acontece entre ontem e hoje, na Alemanha.
Entre os destaques, a entidade citou o crescimento às custas de crédito e expansão fiscal na China, que “agrava sua vulnerabilidade financeira”, e o ambiente de baixos juros e altos níveis de empréstimos inadimplentes continua pressionando a lucratividade do setor financeiro.
Além disso, a economia global continua refém de problemas como o baixo crescimento da produtividade e a distribuição desigual dos ganhos econômicos, “especialmente nas economias avançadas”.
Em suas considerações, o fundo pediu aos países, entre outras coisas, que trabalhem juntos “para maximizar os benefícios da integração global”. “Um arcabouço multilateral forte e baseado em regras continua essencial” para este objetivo, diz o relatório, e será mais efetivo “caso os países engajem em um diálogo com vistas à modernizar e adaptar as regras às mudanças globais.” (Marcelo Osakabe)