O recuo na produção de caminhões em novembro sobre outubro ajudou a derrubar o resultado tanto da categoria de bens de capital quanto da atividade de veículos automotores. No entanto, a informação ainda é pontual e não configura uma tendência, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem de outubro para novembro, a categoria de bens de capital teve queda de 2,6%. No mesmo período, a produção do segmento de veículos automotores caiu 3,2%, após já ter recuado 3,5% no mês anterior.
“Em veículos automotores, estou falando da perda não só de automóveis, mas também de caminhões. Então o conjunto da atividade de veículos automotores está mostrando continuidade na diminuição na produção”, apontou Macedo. “Em outubro, a queda era mais (na produção de) automóveis. Em novembro, a queda ficou dividida entre automóveis e caminhões”, acrescentou.
Já a retração na produção de bens de capital teve influência da diminuição na fabricação de caminhões, mas também de máquinas agrícolas. “É um segmento que teve um ano bastante favorável, não só por causa da supersafra. Também houve exportações importantes, especialmente para a América do Sul. A gente está falando de uma informação bem na margem da série. Pode ser (uma queda motivada) por uma base de comparação muito alta”, ponderou o gerente do IBGE. “Essa queda na margem (para caminhões e máquinas agrícolas) ainda não dá tendência para o segmento como um todo”, ressaltou.
Macedo lembrou ainda que o saldo de bens de capital para os últimos meses ainda é positivo. De janeiro a novembro, a categoria acumula uma expansão de 14,2% na produção.