O comemorado recorde da indústria automobilística em 2010, com 3,5 milhões de veículos novos vendidos no País, vem acompanhado de um apagão no mercado de reposição de peças originais, dificultando a vida de quem precisa deixar o carro na oficina para conserto. O problema atinge carros nacionais e importados e há casos de espera de mais de três meses.
Quem mais reclama são os donos de oficinas independentes, que dependem dos componentes fornecidos pelos concessionários que, por sua vez, são abastecidos pelas montadoras – que têm mercado cativo junto às autopeças.
O presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa), Antonio Fiola, reclama que as fabricantes priorizam entregas às montadoras, para atender à produção de carros novos, e o mercado de reposição fica em segundo plano.
Segundo Fiola, o problema é mais crítico no abastecimento de peças externas, como faróis, laterais, capô e para-choques. A situação foi pior em meados do ano passado, mas segue complicada, mesmo com a queda das vendas de carros.