O coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales, destacou que o patamar recorde de produção observado na indústria em geral em junho foi registrado também em nove setores, entre as 27 atividades pesquisadas. São eles celulose e papel; refino de petróleo e produção de álcool (impulsionado pelo álcool); borracha e plástico; minerais não metálicos (puxados pela construção civil); metalurgia básica; veículos automotores; outros equipamentos de transporte; mobiliário e produtos de metal.
Segundo ele, a indústria brasileira chegou a junho exibindo o mesmo perfil de crescimento que marcou o ano de 2007 e o início de 2008, sustentado pelos investimentos e pelos bens de consumo duráveis, ambos impulsionados pela demanda interna, que por sua vez foi puxada pelo aumento do crédito e o bom desempenho do mercado de trabalho e a expansão da massa salarial.
A produção de veículos automotores representou o maior impacto positivo para a produção industrial de junho e do primeiro semestre de 2008. Em junho, na comparação com maio, a produção desse segmento aumentou 9,8%. Ante junho de 2007, a expansão foi de 19,4% e, no primeiro semestre, de 18,4%. Segundo Sales, esse setor prossegue beneficiado pelo aquecimento da demanda interna e o aumento dos prazos de financiamento.
Os veículos automotores foram responsáveis, sozinhos, por 1,78 ponto porcentual do aumento de 6,3% na produção industrial apurado no primeiro semestre deste ano. O espalhamento do crescimento no próprio setor tem sido significativo, e 88% dos produtos pesquisados neste segmento registraram expansão no primeiro semestre deste ano.
