Recomeça luta pela terceira pista no aeroporto

A ampliação do Aeroporto Afonso Pena como fator decisivo na atração de empresas para Curitiba e Região Metropolitana foi um dos temas da reunião, na noite de segunda-feira (21), do presidente da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, Juraci Barbosa Sobrinho, com empresários da Associação Comercial do Paraná (ACP). Dados da companhia mostram que muitas empresas deixam de se instalar em Curitiba em função da dificuldade de receber ou despachar mercadorias. Elas estão preferindo outros estados, o que prejudica o desenvolvimento econômico de Curitiba e municípios vizinhos.

Segundo Juraci, a atração de novos investimentos é fundamental para movimentar a economia e gerar empregos para a população. ?Com o problema de limitação do aeroporto os empresários também têm prejuízos diretos?, comentou. A atual pista, com 2,2 mil metros de extensão, não pode receber todos os tipos de aeronaves. ?Com isso, os aviões cargueiros precisam aterrissar e decolar com pouca carga e volume reduzido de combustível?, disse ele.

Para contornar o problema, os empresários que enviam mercadorias para a região de Curitiba são obrigados a deixar parte da carga em São Paulo, antes de chegarem ao Afonso Pena. Já os produtos paranaenses destinados à exportação são transportados de caminhão até o aeroporto de Campinas (SP), de onde partem para o exterior. ?Tudo isso encarece o processo e traz prejuízos para o empresariado?, afirmou Juraci.

Antônio Azevedo, vice-presidente da ACP e coordenador do Conselho Político da entidade, destacou ainda que a limitação do Aeroporto Afonso Pena gera evasão de divisas. ?Se essas mercadorias destinadas a Campinas fossem embarcadas no Aeroporto Afonso Pena, toda a tributação do ICMS ficaria para o município e para o Estado?, afirmou.

Campanha

A construção da terceira pista no Aeroporto Afonso Pena é defendida pelo prefeito Beto Richa, que vem mantendo contato com o presidente da Infraero, em Brasília, Carlos Wilson. A idéia é conseguir os recursos necessários para a obra, uma reivindicação principalmente dos empresários do setor de transportes, há cerca de 20 anos.

Uma nova comissão foi formada para tentar viabilizar a obra, que faz parte de um convênio firmado entre o governo do Estado e a Infraero, em 1996. O projeto para a construção da nova pista já existe e parte da área necessária para a obra já foi desapropriada.

A obra está avaliada em R$ 75 milhões. Além da terceira pista, de 3,4 mil metros de extensão, o projeto prevê a construção de um terminal de cargas, de um estacionamento vertical e de um centro de eventos.

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