O reaproveitamento de materiais de construção pode significar uma economia de até 35% em reformas ou novas construções. Segundo profissionais de arquitetura, o uso de materiais e equipamentos reaproveitáveis pode representar custos menores inclusive na decoração dos ambientes.
Um exemplo de que é possível aliar a economia da reutilização de materiais alternativos à decoração de alto nível está no espaço da Churrasqueira, na exposição Casa Cor Paraná 2009.
A arquiteta Jucy Passalacqua, uma das responsáveis pelo espaço, conta que a cobertura de vidro, que eventualmente pode passar despercebida para quem visita o ambiente, é resultado de sobras de vidraçarias. Já a bela bancada, decorada com peças de requinte, foi revestida com pastilhas que restaram de outra obra.
“Se a ideia é economizar, além de usar muita criatividade, a melhor opção é procurar materiais alternativos”, afirma Jucy. Segundo ela, é possível encontrar materiais de qualidade em locais, muitas vezes considerados como lojas de segunda linha. “Existem cemitérios de vidros e azulejos, onde existem materiais que permitem uma decoração diferenciada”, afirma.
Segundo Jucy, o valor pago pelos vidros usados na composição do ambiente foi 30% menor do que custaria se o material fosse encomendado. “Também abrimos mão do granito e do mármore para aproveitarmos as pastilhas que sobraram de outra reforma. Nesse caso, sequer houve custos”, conta.
Jucy explica que, ao contrário de uma obra convencional, existe a necessidade de adaptar os espaços aos materiais disponíveis. “No espaço da Churrasqueira, especificamente, foi preciso fechar uma parede para adaptar o encaixe dos vidros.” Mesmo assim, a arquiteta conta que o custo da obra significou uma economia de 30% a 35% em relação ao que se pagaria com materiais novos.
Materiais
Se a alta decoração se adapta à possibilidade do reaproveitamento de elementos da construção, há também quem se especialize no comércio de materiais alternativos, como é o caso do empresário Henrique Rodbard.
Há três anos, ele presta serviços de demolição. Neste tempo, Rodbard também passou a renegociar os produtos de habitações demolidas que poderiam ser reutilizados.
Rodbard conta que oferece descontos para o cliente, quando existem materiais que podem ser renegociados. “Em alguns casos chegamos até a pagar pelo material, se ele agregar uma boa qualidade”, afirma.
O empresário conta que revende desde telhas até tijolos maciços. “Temos materiais que são vendidos por metade do preço, mas com a mesma qualidade de produtos novos.”
Rodbard usa uma porta de madeira maciça como exemplo. “É muito difícil achar para comprar um material resistente como esse. Nesse caso, o preço é um pouco mais caro em relação a uma porta comum, mas quem conhece sabe que vale a pena”, conta.
Serviço:
A Casa Cor Paraná 2009 está aberta para visitação no Asilo São Vicente (Rua Barão dos Campos Gerais, 970 – Juvevê. Curitiba-PR), das 13h às 21h (terça a sábado), e das 11h às 19h (domingo).