O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, atribuiu o resultado fiscal ao desempenho das receitas. Segundo ele, as receitas têm ficado abaixo do esperado. “Mas teremos o Refis”, lembrou. Ao citar o resultado do governo central nos últimos 12 meses, Augustin repetiu que havia reflexo do “pouco dinamismo” das receitas no período. Augustin afirmou, ainda, que as despesas que mais crescem são de investimento.

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“Estamos trabalhando com um cenário em que o Refis venha a atuar no sentido de diminuir a perda da receita”, disse, em referência à receita que começará a entrar nos caixas em agosto. O secretário, entretanto, não deu uma estimativa de arrecadação com o Refis em agosto. “A receita de agosto tem o Refis como ponto importante, mas hoje é o último dia útil, que é sempre o dia mais relevante em termos de arrecadação”, justificou. Segundo ele, a Receita divulgará as estimativas. Para o ano, a estimativa que a equipe econômica trabalha é de R$ 18 a R$ 20 bilhões, segundo ele. “Mas há muitos eventos em andamento”, disse.

Apesar da promessa do governo de melhorar o resultado fiscal, as contas do governo central encerraram julho com um déficit recorde de R$ 2,196 bilhões. Foi o terceiro mês consecutivo que o governo central registra um resultado negativo. O resultado, que engloba o desempenho das contas do Tesouro, INSS e Banco Central, é o pior para o mês da série histórica do governo, que começa em 1997.

O secretário do Tesouro disse que a receita com dividendos no mês de agosto ficará acima de R$ 4 bilhões. “Dividendo deve ter valor mais expressivo (em agosto) porque temos balancetes de julho das empresas”, disse. Em julho, as receitas com dividendos somaram apenas R$ 5,2 milhões.

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