Receita: lista de brasileiros que teriam conta no HSBC na Suíça traz 342 nomes

A Receita Federal informou nesta quarta-feira, 25, que teve acesso a uma lista com 342 nomes de supostos contribuintes brasileiros que possuem contas bancárias na subsidiária do HSBC na Suíça. Em nota, o Fisco afirma que a lista traz informações relevantes para a identificação de eventuais indícios da prática de ilícitos tributários. “A Receita Federal busca agora a obtenção de mais elementos que comprovem integralmente a autenticidade das informações. As ações em andamento estão articuladas com outros órgãos de prevenção e combate aos crimes de lavagem de dinheiro, como o Coaf e o Banco Central”, diz a Receita.

Segundo a nota, já estão em andamento as medidas de cooperação internacional necessárias para obter junto a autoridades europeias a lista oficial e integral dos supostos contribuintes brasileiros que possuiriam contas bancárias na subsidiária do banco.

No último dia 13 de fevereiro, o Fisco já havia informado que iria investigar contribuintes brasileiros com indícios de movimentação financeira com o HSBC na Suíça. Análises preliminares já revelavam hipóteses de omissão ou incompatibilidade de informações prestadas ao Fisco brasileiro. A investigação foi motivada pelas informações divulgadas pelo ICIJ – International Consortium of Investigative Journalism (Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo), apontando a existência de 6,6 mil contas bancárias abertas no HSBC na Suíça, no período de 1988 a 2006, supostamente relacionadas a 4,8 mil cidadãos brasileiros. O saldo em 2006 e 2007 totalizaria US$ 7 bilhões.

Questionado no início desta semana pelo jornal “O Estado de S. Paulo” sobre o procedimento na abertura das contas, o banco enviou uma resposta oficial indicando reconhecer problemas nos controles sobre a origem do dinheiro no passado. Mas garante que, desde 2007, o banco “tomou passos significativos para implementar reformas e expulsar clientes que não atendiam aos padrões HSBC”. Segundo o banco, como resultado disso, a instituição na Suíça perdeu quase 70% de seus clientes desde 2007.

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