economia

Receita do BNDES com venda de ativos deve alcançar dois dígitos, diz diretora

A receita do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a venda de participações em 2018 será maior que no ano anterior e deve ultrapassar dois dígitos, disse a diretora de mercado de capitais do banco, Eliane Lustosa.

Segundo ela, até agora, o banco já arrecadou mais de R$ 6 bilhões com essas operações. A concretização da venda da Fibria, que acaba de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), renderá mais R$ 8,5 bilhões. E, mesmo que isso não ocorra este ano, Lustosa acredita ser possível atingir o marco.

Atualmente, o BNDES tem cerca de R$ 85 bilhões em participações acionárias. Desse total, aproximadamente R$ 60 bilhões estão alocados em cinco ativos: Petrobras, Eletrobras, Vale, JBS e Fibria, que aguarda apenas a análise de órgãos de defesa da concorrência da Europa e dos Estados Unidos para ser concretizada.

Lustosa não quis dar detalhes sobre as discussões em torno da operação entre Boeing e Embraer, outra participação relevante do banco, que detém cerca de 5% da empresa. Em palestra para o segmento de inovação, no lançamento do Núcleo de Startups da Fundação Getúlio Vargas (Nest/FGV), a diretora lembrou, porém, que a área comercial da empresa brasileira, que está sendo negociada com a americana, nasceu das atividades de Defesa.

Segundo Lustosa, os detalhes da operação estão em discussão no conselho da Embraer que, se considerar a operação interessante, levará a proposta para apreciação dos acionistas. Ela não disso se há algum prazo para isso acontecer.

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