O setor de concessão de rodovias no País movimentou R$ 5,6 bilhões no ano passado, valor 80% superior ao de 2002, ano em que as receitas somaram R$ 3,090 bilhões. O crescimento de receita foi quatro vezes maior do que o aumento do tráfego. No mesmo período, o movimento de veículos nestas estradas cresceu 18%, somando 657 milhões de veículos, apenas 100 milhões acima de 2002. No ano passado, duas das maiores empresas do setor tiveram receita de R$ 2,6 bilhões, com lucro líquido de R$ 646 milhões.
Os dados do setor constam das estatísticas da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR). As informações mostram que mais da metade do tráfego do setor é no Estado de São Paulo: 348,9 milhões de veículos. Segundo a ABCR, quatro motivos explicam o avanço da receita do setor no período: aumento de tráfego, circulação de caminhões maiores (com mais eixos e que pagam mais tarifa), duplicação de pistas principalmente em São Paulo (que aumenta o valor do pedágio), além dos reajustes das tarifas.
A entidade informa que entre 2002 e 2006 as tarifas nas rodovias federais subiram 56% (incluindo reajuste e revisão) e, em São Paulo, 53%. O presidente da entidade, Moacyr Duarte, também comenta que uma análise mais detalhada da evolução das receitas e do volume de tráfego nas estradas privatizadas precisaria levar em conta o aumento do tráfego de caminhões maiores, com mais eixos, que pagam mais tarifa.