As receitas de prestação de serviço dos 11 maiores bancos do País cresceram 1.017% desde 1994, quando o Banco Central (BC) permitiu a cobrança de tarifas pelas operações realizadas aos clientes, segundo dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Naquela época, segundo a entidade, as receitas pagavam 25,4% da folha de pagamento desses bancos. Hoje, pagam todas as despesas de pessoal e ainda sobra o equivalente a 30,6% das receitas. Só no ano passado, segundo a entidade, a população brasileira já pagou R$ 45,4 bilhões às instituições financeiras em tarifas e taxas cobradas.

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Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o aumento das receitas de serviço deve-se à expansão da base de cliente, quantidade e diversidade de produtos oferecidos e aumento das transações bancárias, entre outros fatores. O presidente do Sindicatos dos Bancários, Luiz Claudio Marcolino, acrescenta que as receitas de serviços não embutem apenas as tarifas (aquele pacote de manutenção da conta, emissão de cheque, extratos e transferências, entre outros), mas também as taxas cobradas de uma série de produtos, como fundos de investimentos, títulos de capitalização, seguros e cartão de crédito.

Por isso, ele defende a isenção de tarifas para os funcionários que têm folha de pagamento em um determinado banco escolhido pela empregadora. ‘Já conseguimos algumas vitórias. Os bancários e algumas montadoras já não pagam tarifa bancária’, diz ele. De fato, alguns bancos estão usando a isenção de tarifas para atrair novos clientes. Marcolino diz que essa é uma boa troca para as instituições financeiras, já que ganharão com as receitas vindas de outros produtos vendidos aos clientes.

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