economia

Receita com petróleo ajuda contas de Estados

A alta do preço do petróleo teve efeito sobre a receita de royalties e contribuiu para melhorar o caixa dos governos em 2017. A compensação financeira pela exploração dos recursos naturais rendeu R$ 16,95 bilhões, de janeiro a novembro de 2017. No mesmo período de 2016, os royalties somaram R$ 1,1 bilhão. A estatística de dezembro e do fechamento do ano ainda não foi divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Após ser negociado a mais de US$ 100, o barril do petróleo iniciou trajetória de queda no segundo semestre de 2014, até atingir a mínima de US$ 27 em fevereiro de 2016.

A crise no mercado internacional do insumo arrastou com ela Estados brasileiros dependentes da receita do royalty, principalmente o Rio de Janeiro. O cenário, porém, mudou no ano passado, com cortes de produção promovidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que contribuiu para que, no Brasil, o quadro também tivesse melhora.

A receita de royalties acumulada pelo Rio de Janeiro, por exemplo, pulou de R$ 191,5 milhões, de janeiro a novembro de 2016, para R$ 2,92 bilhões, em igual período do ano passado.

O município de Macaé, onde está a Bacia de Campos e maior produtor nacional, também ganhou com a alta do petróleo. Os ganhos do município nos 11 meses do ano passado chegaram a R$ 434 milhões. No ano anterior, de janeiro a novembro, foram de R$ 28 milhões.

Neste início de ano, o cenário é ainda melhor, o que tende a contribuir ainda mais com as finanças dos Estados. Neste mês, o barril bateu a marca de US$ 70, que não era atingida desde dezembro de 2014. Além dos cortes promovidos pela Opep, a demanda está aquecida.

“Com uma relação entre oferta e demanda apertada, qualquer fator geopolítico afeta o cenário”, diz Ricardo Bedregal, da consultoria IHS Markit.

Alguns analistas reviram suas previsões para o Brent ao longo do ano. Nenhum deles, porém, acredita que a cotação média de 2018 vá girar em torno de US$ 70. A maior parte das apostas está na casa dos US$ 60. Ainda assim, o valor supera as projeções da Petrobrás, que no seu plano de investimento previu que o barril ficará, em média, em US$ 53 ao longo do ano. Sinaliza também para receitas de royalties ainda melhores do que as do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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