A Receita Federal divulgou nota nesta quarta-feira, 11, afirmando que a criação do Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter), instituída pelo Decreto 8.764, publicado hoje, tem o objetivo de dar simplificação e mais segurança na titularidade de imóveis.

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O sistema unifica em um banco de dados da União administrado pelo Fisco informações relacionadas aos imóveis, enviadas eletronicamente pelos cartórios de todo o País. Entre as operações que farão farte desse cadastro único estão as alienações, doações e garantias que são objeto de registro público.

Para a Receita, a adoção do Sinter proporcionará resultados de curto prazo “na garantia do crédito público, na redução da evasão fiscal, da corrupção e da lavagem de dinheiro, na eficiência da gestão pública e na regularização fundiária”.

De acordo com a nota, a atual sistemática descentralizada de registro torna difícil a identificação de bens e seus proprietários em âmbito nacional, prejudicando a promoção de ações de interesse público. Agora, todos os imóveis rurais e urbanos registrados no País terão um código identificador próprio, semelhante ao usado para o registro de veículos (Renavam), com geolocalização e disponível para pesquisa eletrônica.

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“Os imóveis que são arrolados em garantia de dívidas poderão ser automaticamente incluídos em um serviço de monitoramento, por meio do qual será possível saber tempestivamente se o proprietário iniciar qualquer procedimento para desfazer-se dos bens dados em garantia”, acrescenta a Receita.

O sistema será alimentado ainda com informações de contratos particulares de compra e venda de bens não imobiliários, de direitos e de garantias sobre obras de arte, joias, contratos de offshore e até mesmo cavalos de raça, entre outros mecanismos conhecidos de ocultação de patrimônio.

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De acordo com o Fisco, o Sinter dará à Justiça meios para agilizar os processos de execução, com identificação e localização instantânea de bens sujeitos à penhora e o bloqueio de bens. Além disso, o Banco Central terá uma nova ferramenta estatística sobre os mercados mobiliários e imobiliários.

“E, por fim, o Estado Brasileiro contará com mecanismo de controle e conhecimento efetivo da aquisição de propriedades urbanas e rurais por estrangeiros”, completa o documento.