A apreensão de mercadorias pela Receita Federal em 2013 caiu 16,97%, passando de R$ 2,025 bilhões em 2012 para R$ 1,681 bilhão no ano passado. As informações foram divulgadas na manhã desta terça-feira, 11, pelo Fisco. O subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, Ernani Checcucci, negou que essa queda seja resultado do corte orçamentário ocorrido no ano passado. “Não houve impacto em atividades operacionais”, afirmou.

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No fim do ano passado, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o governo cortou gastos que comprometeram o funcionamento da Receita Federal. O corte de despesas afetou ações de combate ao contrabando e pirataria. Além de não ter dinheiro para custear o deslocamento dos fiscais, a Receita teve de frear o desenvolvimento de novos programas de informática.

“Todos os órgãos do governo tiveram cortes orçamentários e tiveram de se ajustar ao orçamento disponível. A Receita, por adotar critérios de gestão que identificam onde estão as maiores preocupações e necessidade de atuação, fez ajuste para que não houvesse impacto operacional da Receita Federal”, afirmou hoje Checcucci.

Checcucci argumentou que a redução se deve ao alto resultado de 2012, quando ocorreu a operação Pouso Forçado, que consistiu na apreensão de aeronaves. “Foi uma operação atípica”, justificou.

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O subsecretário disse que os números do ano passado mostram resultado positivo e que não há números “fora do planejado”. “A Receita não deixou de atuar em momento algum durante o ano”, disse. Ele argumentou que houve aumento de 11,9% nas operações realizadas no passado, passando de 2.680 para 2.999. “O número de operações de repressão realizada aumentou a despeito dos cortes que ocorreram”, disse.