A Receita Federal já programou a liberação de 361.848 declarações retidas na malha fina do Imposto de Renda 2001 (ano-base 2000). Mas ainda existem 88.152 declarações de contribuintes com imposto a restituir que ficaram retidas por erro de informação, dados incompletos ou inconsistentes. As restituições da malha fina estão sendo liberadas aos poucos, desde janeiro, de acordo com a análise processual que a Receita faz da restituição de cada contribuinte pego pelo Fisco.
No dia 20, por exemplo, a Receita libera o dinheiro do oitavo lote residual da malha fina de 2001 para 20.085 contribuintes que não receberam sua restituição dentro do calendário regular -sete lotes, que foram pagos de junho a dezembro de 2001. O valor total das restituições incluídas no 8§ lote residual é de R$ 33,7 milhões.
As restituições que ainda estão retidas serão liberadas nos próximos meses, à medida que a Receita solucionar as divergências encontradas nas declarações dos contribuintes. No ano passado, ficaram retidas na malha fina 450 mil declarações com direito à restituição, um volume 12,5% superior ao exercício de 2000 (ano-base 1999). O aumento acompanhou a elevação de 15% no volume de declarações entregues no mesmo período.
Segundo a Receita, o dinheiro será devolvido mais rapidamente para os contribuintes que já identificaram o erro e enviaram uma declaração retificadora. Nos casos mais simples, em que a Receita encontra dúvidas sobre o valor tributável declarado pelo contribuinte e aquele que foi entregue pela fonte-pagadora, o caso pode ser resolvido com a entrega de uma declaração retificadora de informações. Mas essa opção só pode ser adotada se o erro foi do contribuinte. Nos casos em que o erro de informação é da fonte-pagadora, a restituição fica retida até que a Receita regularize a situação com a empresa.
Outro caso complicado é o das empresas que descontam dos funcionários o Imposto de Renda, mas não repassam o valor para a Receita. Enquanto a fonte-pagadora não pagar o que deve, a restituição do contribuinte- que não tem nada a ver com o problema- fica retida na malha fina da Receita Federal. (Correio Web/FolhaNews)
