A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve concluir na semana que vem sua reavaliação sobre os investimentos necessários para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), e também a respeito do preço-teto a ser estabelecido para a energia da usina.
O cálculo preliminar da EPE, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) há duas semanas, estimava que a obra custaria R$ 16 bilhões e estipulava um valor máximo para a energia de R$ 68 por megawatt/hora (Mwh).
Essa tarifa máxima e o custo total do investimento ainda podem subir na nova avaliação na EPE, que vai incorporar aos cálculos os custos para o cumprimento das exigências ambientais feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na licença prévia do projeto.
Esses custos adicionais estão estimados em R$ 1,5 bilhão. Pelos critérios já estabelecidos pelo governo, vencerá a disputa por Belo Monte o consórcio que se propuser a construir e operar a hidrelétrica de 11,2 mil MW cobrando a menor tarifa pela energia, que tem de ser inferior a um teto fixado em edital.