Viajar está mais fácil no inverno deste ano, seja dentro do País ou ao exterior. Além do real valorizado em relação ao dólar e o euro, as promoções estão cada vez mais acessíveis, com parcelamentos que cabem na maioria dos bolsos.
E a ameaça da gripe A H1N1, que afugentou viajantes no ano passado, parece não estar assustando, este ano. As operadoras de turismo estão esperando um aumento de mais de 20% no movimento, durante a temporada de inverno, em comparação com a mesma época do ano passado.
Quem tem visto para os Estados Unidos, por exemplo, e quer ir ao estado da Florida, consegue encontrar passagens de ida e volta a cerca de R$ 1,3 mil, ainda para este mês.
Os voos são a partir de São Paulo e podem incluir escalas ou conexões incomuns como a Cidade do México. Mas ir à capital paulista também não está caro. Há companhias com promoções de passagens, com preços a partir de R$ 55.
Outros destinos interessantes no inverno também estão com preços atrativos. Passar uma semana em Santiago, no Chile, durante o mês de julho, por exemplo, pode sair por cerca de R$ 1,4 mil por pessoa, com passagens a partir de Curitiba e hospedagem incluídas. Voos de ida e volta entre o aeroporto Afonso Pena e Buenos Aires, também em julho, podem custar R$ 400. Os valores chegam a ser mais em conta que os de pacotes para o Nordeste do Brasil.
Pesquisa
A perspectiva de aumento de 20% na procura por pacotes de viagens, obtida em uma sondagem da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) entre seus associados, é um alento para o setor de turismo, que passou por maus bocados, há um ano.
Na época, as vendas foram prejudicadas pela gripe suína: nem só as viagens nacionais foram menos procuradas, mas também destinos internacionais de grande tradição no período, como Argentina e Chile.
Com a economia do País mais aquecida, dólar e euro baixos, melhores negociações com fornecedores e um inverno menos problemático, a Braztoa está mantendo a previsão de crescimento em torno de 25% para o ano, percentual que considera excelente.
No primeiro semestre, a maioria das operadoras pesquisadas afirmou que vem obtendo aumento expressivo na procura, que está entre 10% e 40% maior, dependendo do segmento em que trabalham (doméstico, internacional, ecoturismo, entre outros).
Por outro lado, a Braztoa – que reúne 77 associados, responsáveis por 80% dos pacotes turísticos comercializados e 20% dos bilhetes emitidos no País – também detectou alguns pontos negativos do primeiro semestre.
Um deles foi o fechamento dos aeroportos europeus, devido à nuvem provocada pela erupção do vulcão na Islândia. Operadoras também reclamaram, na sondagem, de uma oferta restrita de assentos em alguns voos internacionais.