O bolso do brasileiro nunca mais foi o mesmo depois de 1.º de julho de 1994 – certamente, o momento mais marcante da economia nacional nesses últimos 56 anos. ?O Brasil já está no Real?, destacava a capa de O Estado daquele dia. A nova moeda era oficialmente anunciada pelo então presidente Itamar Franco. A previsão do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, era que a inflação despencasse naquele mês e não passasse dos 5%.
Em Curitiba, a Federação do Comércio do Paraná garantia que o setor estava pronto para a nova moeda. Os supermercados passaram parte do dia fechados para, ao abrirem as portas, receberem os fiscais da antiga Superintendência Nacional do Abastecimento (Sunab) e do Procon. Eles avaliariam a conversão dos preços.
O País deixava a era dos altos índices de inflação para encomendar uma moeda forte. Mesmo assim, dá saudades dos preços daquela época. A gasolina, por exemplo, era congelada em R$ 0,53 o litro, e o álcool, em R$ 0,42. Pegar ônibus em Curitiba e região metropolitana também custava bem menos que nos dias de hoje: apenas R$ 0,60.
