São Paulo
– A última semana de novembro começou com queda do dólar e dos juros no mercado brasileiro. O dólar à vista alternou tendências por todo o dia e fechou em baixa de 0,56%, cotado a R$ 3,530 na compra e R$ 3,545 na venda. No mercado de juros, as taxas se ajustaram para baixo, apesar da apreensão com a aceleração da inflação.A segunda-feira foi de negócios bastante reduzidos, com o mercado interbancário de câmbio negociando aproximadamente US$ 500 milhões, metade da média dos últimos dias. O principal evento do dia foi a oferta de 19.100 contratos de swap cambial destinados à rolagem de uma dívida de US$ 2,3 bilhões que vence no dia 2 de dezembro. Do total, o BC vendeu 13.500 contratos, com vencimentos entre abril de 2003 e janeiro de 2005. Com isso, rolou 24,4% da dívida.
– O dólar até subiu um pouco, porque o mercado estava esperando algo em torno de 30% da dívida. Mas foi um bom começo, até porque o BC vendeu 2.500 contratos com resgate em 2005. Se não derrubou o dólar de maneira expressiva, pelo menos o resultado não gerou pressão – disse um gerente de mesa de um dos maiores bancosdealers(que operam diretamente com o BC).
Os investidores esperam agora a realização da segunda oferta de swaps, na qual o BC precisa avançar na rolagem da dívida vincenda, neutralizando as pressões especulativas desse período. Também geram apreensão os índices de inflação que serão divulgados nos próximos dias. A aceleração das taxas levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a elevar a taxa básica de juros de 21% para 22% ao ano. Contudo, os índices divulgados posteriormente trouxeram de volta o nervosismo ao mercado, que agora teme a necessidade de um novo ajuste.
Outro destaque do dia foi a declaração do senador petista Eduardo Suplicy, que disse acreditar que o nome do presidente do Banco Central no próximo governo deverá ser anunciado nesta semana. O mercado viu com cautela a declaração, mas reagiu bem à notícia. Querem saber agora se o nome do presidente do BC será um ??Schumacher ou um Barrichello??, como disse na semana passada Sérgio Machado, diretor do Banco Fator.
Bolsa em queda
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 1,52%, em 10.245 pontos e comercialização de R$ 453 milhões.