A Copel decidiu solicitar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um reajuste médio em suas tarifas inferior ao porcentual de 35,05% aprovado pela agência reguladora. A empresa quer aumentar seus preços em 24,86%. O reajuste menor, que deverá gerar uma perda de receita de R$ 1 bilhão em 12 meses para a Copel, será avaliado pela Aneel na próxima terça-feira.

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Para chegar ao novo porcentual, a Copel identificou alternativas que permitem à empresa deixar a diferença nos reajustes para o cálculo da tarifa de 2015, estratégia que já havia sido adotada no ano passado.

A solução encontrada, segundo o diretor-presidente da Copel Distribuição Vlademir Daleffe, será a revisão de investimentos, principalmente nas áreas de geração e outros negócios. Os desembolsos na área de distribuição, voltados à qualidade do serviço, devem ser mantidos, segundo o executivo.

“Falamos de uma reprogramação de investimentos de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões durante os próximos dois anos”, revelou Daleffe em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. “Não há prejuízo econômico financeiro, mas sim um descompasso de caixa. A partir de junho de 2015, começamos a recompor isso”, completou.

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Dois anos seria o prazo, neste momento, para que a companhia pudesse aplicar o diferimento acumulado entre 2013 e 2014, no total de 15 pontos porcentuais. Ou seja, a próxima tarifa, a ser implementada a partir de 24 de junho de 2015, deverá incorporar um reajuste acumulado e não implementado de 15 pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.