O reajuste de preços do óleo diesel anunciado ontem pela Petrobras deverá ter efeitos indiretos nos produtos industriais e chegar indiretamente no varejo por meio dos produtos. No atacado, o óleo diesel pesa 2,90%, o que indica um impacto na formação da inflação dos produtos industriais de 0,15 ponto porcentual, cuja percepção será diluída nos índices ao longo do mês.

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Apesar de não ser diretamente sentido pelos consumidores finais, a análise do economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) é que, após dois aumentos consecutivos do óleo diesel na refinaria, haverá o encarecimento de produtos industrializados. Além disso, as empresas de ônibus tendem a pressionar por ajustes maiores das tarifas por causa do aumento de custos com combustíveis.

O óleo diesel irá pesar também sobre os preços dos produtos agropecuários, no atacado, que já aceleraram na passagem de janeiro para fevereiro (de -1,62% para -0,48%), puxados pela soja (-14,23% para -6,31%). A resposta da aceleração dos agropecuários no atacado, projeta Quadros, será a retomada do IGP-DI em 12 meses, embora abaixo do patamar de 1% registrado no início de 2012. Ele salienta ainda a pressão do minério de ferro sobre a inflação (de 2,02% para 4,04%)

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