A Petrobras informou hoje que o aumento do gás natural a ser repassado pelas distribuidoras no próximo dia 1º de maio é de praxe e previsto no contrato. O reajuste tradicionalmente ocorre a cada três meses com base numa cesta de óleos internacional.

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Em nota à imprensa, a estatal informou que foi encaminhado, indevidamente, para as distribuidoras de gás natural um comunicado informando aumento no preço do energético, decorrente da aplicação das fórmulas contratuais vigentes, enquanto técnicos da área comercial de Gás e Energia ainda avaliavam e continuam avaliando os efeitos da volatilidade atual do preço do petróleo na competitividade do gás natural. “Os estudos que definirão o preço do gás a partir de primeiro de maio serão concluídos ao longo deste mês de abril”, afirma a companhia.

O comunicado indevido informava às concessionárias a possibilidade de reajustar o combustível em 10%, segundo nota publicada hoje no jornal O Globo. O aumento seria para compensar a defasagem existente entre o preço da gasolina e do diesel na refinaria, frente ao mercado internacional.

De acordo com especialistas, ao longo de todo o ano passado, a cesta de óleos na qual se baseia o preço do gás natural foi se desatrelando do valor do barril Brent ou WTI, porque houve o advento do shale gás, ou gás de xisto nos Estados Unidos. Novas tecnologias permitiram que investidores americanos começassem a explorar este tipo de gás, que existe em reservas abundantes em solo americano. A disponibilização destas reservas derrubou os preços internacionais do combustível e a Petrobras por contrato está com seus preços atreladas a este referencial.

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