Reajuste da energia elétrica gera reclamações

Plantas industriais instaladas em Campo Largo ameaçam demitir funcionários e até fechar as portas, caso a Companhia Campolarguense de Energia (Cocel) não reveja o reajuste tarifário de energia elétrica. Desde março, a empresa aplicou reajuste de 8% para consumidores residenciais e entre 14% e 21% para os industriais. O aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

?O reajuste começou a vigorar em março, mas só agora as indústrias receberam a conta?, afirmou o vice-presidente do Conselho de Consumidores de Energia da Cocel, Marcos Spack. Segundo ele, indústrias que atuam no ramo de porcelana estão entre as grandes prejudicadas. ?A Schmidt já mandou 209 funcionários embora. A Germer fez investimento de 1 milhão de euros e agora precisa recuperar esse investimento, e a Incepa ameaçou sair de Campo Largo caso o aumento não seja revisto?, afirmou Spack, acrescentando que a Incepa, sozinha, consome quase um terço da energia elétrica de Campo Largo. Além da questão tarifária de energia elétrica, muitas empresas do setor vêm enfrentando dificuldades por conta do câmbio.

Ontem à noite, representantes do Conselho de Consumidores se reuniram com a direção da Cocel. A idéia era apresentar à companhia as dificuldades das indústrias, em função do aumento da tarifa. ?Queremos um reajuste menor. Este é inviável para as indústrias?, comentou Spack.

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