O ex-ministro de Finanças da Espanha Rodrigo Rato, 55, assumiu ontem a vaga de diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), deixada por Horst Köhler no final do primeiro trimestre. Rato é o primeiro espanhol a ocupar o cargo e terá mandato de cinco anos. Ele deixou o cargo de ministro da Economia da Espanha após seu partido, o Popular, ter perdido as eleições para os socialistas em março deste ano.

O espanhol foi indicado para o cargo, entre outras coisas, por ter amplo conhecimento sobre as economias da América Latina, as que mais usam recursos do Fundo atualmente. Brasil e Argentina, por exemplo, são os maiores devedores da instituição.

O FMI é dirigido por vinte diretores que elegem o diretor-geral. Esse grupo é escolhido pelos cinco países que possuem as maiores cotas: EUA (17,14%), Japão (6,15%), a Alemanha (6%), França (4,96%) e Reino Unido (4,96%).

Brasil

Recentemente, Rato chegou a elogiar a política econômica brasileira e a afirmar que o país conquistou uma “posição sadia” na comunidade financeira internacional.

Na sua primeira entrevista como o novo “número um” do Fundo – antes da posse oficial – Rato chegou a afirmar que o programa do Fundo com o Brasil “estava evoluindo de um modo positivo”.

Rato afirmou ainda que o Brasil estava se preparando para renovar seu acordo com o FMI, que vence no final deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre afirmou que o país não renovaria este acordo.

“É claro que o Brasil alcançou uma posição sadia na comunidade financeira internacional. As perspectivas de crescimento são cada vez mais fortes”, disse.

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