O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concedeu hoje um prazo de cinco dias para que a Shell/Cosan, que se transformou em Raízen, finalizasse a venda de ativos para a concorrente BP. O órgão antitruste impôs a alienação de ativos para que diminuísse o campo de atuação da nova companhia no setor de combustíveis de aviação.

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Caso a venda não fosse formalizada no prazo estipulado pelo Cade, a Raízen teria de pagar multa diária de R$ 21,3 mil e, no limite da situação, a fusão entre as companhias Shell e Cosan poderia ser desfeita. O presidente do Conselho em exercício, Olavo Chinaglia, explicou que concedeu o prazo maior para as companhias porque há notícias da celebração de um documento preliminar de negócio entre as partes. “O prazo se esgotou, mas vamos conceder um adicional de cinco dias. Vale lembrar que esta não é a primeira prorrogação”, comentou.

Ontem, a Agência Estado adiantou que o Cade confirmaria que a determinação dada à Raízen teria sido cumprida até o momento, mas que ainda faltava “juntar os contratos” das companhias, segundo uma fonte do órgão antitruste. O despacho sobre o processo foi lido apenas hoje porque a sessão de ontem foi interrompida devido à falta de energia elétrica.

Em julho, o Cade decidiu que a Raízen colocasse ativos à venda. Entre eles, estão as instalações de abastecimento em áreas de concessão da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e participação em infraestrutura de abastecimento de aeronaves adquiridas da Cosan. A companhia continuará atuando no suprimento de combustíveis de aviação.

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