O secretário-executivo e ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki, disse nesta quarta-feira, 14, ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a carta da Comissão Europeia questionando a sanidade da carne exportada pelo Brasil causou “estranheza” ao governo. Segundo ele, o documento, revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, foi enviado ao governo brasileiro no momento em que estão sendo respondidos questionamentos feitos pela missão da União Europeia (UE) durante visita ao País, entre 2 e 12 de maio, por conta da Operação Carne Fraca.

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“A carta nos causou estranheza, porque recebemos o relatório da missão técnica feita em maio no Brasil com os apontamentos e estamos elaborando um plano de ação e respondendo todas as dúvidas”, disse Novacki, “A carta do comissário coloca termos que não estavam no relatório técnico feito pela missão, a qual apontou as possíveis falhas”, completou o ministro que está em exercício durante visita do titular, Blairo Maggi, à China.

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Novacki disse que, como a carta chegou ao Ministério da Agricultura pelos canais diplomáticos, “todas as questões” serão respondidas, “pontualmente pelos mesmos canais diplomáticos”, ou seja, pelo Itamaraty. “Vamos colocar de forma clara que nosso sistema é robusto e efetivo e, se não fosse confiável, não estaríamos presentes em mais de 150 países com exportações de carnes”, afirmou.

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As respostas, segundo Novacki, serão enviadas pelo próprio Maggi à Comissão Europeia na próxima semana – o ministro retorna a Brasil na terça-feira (20). O secretário admitiu que há pressão interna na UE por parte dos produtores locais contra a carne brasileira no mercado, o que, segundo ele “não pode ser razão para desqualificar nosso sistema”, concluiu.