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São Paulo (AE) – Na questão do uso de software livre por governos está em jogo, somente no Brasil, um mercado de R$ 1 bilhão, de acordo com a empresa de pesquisa IDC. Este é o montante gasto no ano passado em programas de computador pelo poder público, incluindo administração direta e estatais como a Petrobras e o Banco do Brasil. Se descontássemos as empresas sob o controle do Estado, o valor ainda ficaria em R$ 330 milhões.

A Microsoft Brasil sempre divulgou o faturamento no País. Curiosamente, no último ano fiscal, encerrado em junho de 2004, deixou de publicá-lo. A empresa cita regras mais rígidas de Wall Street como o motivo da mudança. De qualquer forma, não é possível medir o impacto do governo Lula, com sua defesa do software livre, nos negócios da empresa, que registrou receitas de R$ 925 milhões no ano fiscal anterior.

De acordo com a gigante do software, somente 6% de seu faturamento no Brasil tem origem no poder público. O número, porém, diz respeito somente à administração direta, e não inclui grandes estatais e as escolas públicas.

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Em um ano, 15 órgãos federais economizaram R$ 28,5 milhões em licenças, ao optar pelo software livre, de acordo com informações divulgadas em outubro passado pelo Instituto Nacional da Tecnologia da Informação (ITI), da Casa Civil. O software livre pode ser copiado e modificado livremente, sem exigir pagamento.

Depois de ter partido para o confronto no ano passado com o governo brasileiro, a Microsoft parece ter mudado sua estratégia. A empresa chegou a contestar na Justiça o sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, diretor-presidente do ITI, com algum prejuízo para a sua imagem. Agora, o discurso é de conciliação. Três vice-presidentes mundiais da empresa visitaram o País esta semana. Hoje, em São Paulo, um deles, Brad Smith, fez um discurso destacando a importância da cooperação no mercado de tecnologia.

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