O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou nesta terça-feira, 17, que pretende fazer com que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja ainda mais importante no processo de concessões durante o governo do presidente em exercício Michel Temer. Jucá participou da abertura do XXVIII Fórum Nacional, evento promovido pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio.

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“O BNDES tem sido um instrumento importante no processo de concessões. Queremos que seja ainda mais. Nós queremos ampliar as parcerias público-privadas, e tudo isso vai precisar não só do BNDES, mas também da ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores), que passou do Ministério da Fazenda para o Planejamento”, disse o ministro.

Segundo Jucá, o governo vai trabalhar para deslanchar as concessões em infraestrutura o mais rápido possível, “dentro de um sistema de garantias que possa ter condições de atrair investidores”. Jucá comentou também sobre a criação da secretaria executiva do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a ser comandada por Moreira Franco. De acordo com o ministro, a estrutura será enxuta e trabalhará em coordenação com o Ministério do Planejamento. “O ex-ministro Moreira Franco vai coordenar um grupo de trabalho que vai fazer a interface com diversas áreas de concessões e PPPs dos ministérios”, disse. Franco foi ministro da Aviação Civil durante o governo de Dilma Rousseff.

Questionado sobre novas privatizações, Jucá disse que os ativos do governo ainda entrarão em discussão por parte da equipe de Temer. “A ideia é que os ativos do governo federal possam ter efeito multiplicador na atividade econômica, possam alavancar investimentos, sem precisar efetivamente ser vendidos ou impactar o gasto primário”, declarou.

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O ministro ainda elogiou a escolha da executiva Maria Silvia Bastos para substituir Luciano Coutinho na presidência do BNDES. “O nome da Maria Silvia é um nome experiente, preparado, é uma técnica, profissional de alto nível. E eu espero uma integração com a nova proposta, que é de fazer um investimento maior no País, termos condições de financiar também médias e pequenas empresas. Ou seja, que o BNDES possa efetivamente permear um processo de crescimento mais igualitário”, contou.

Vale

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Jucá negou que o governo de Michel Temer esteja discutindo qualquer mudança no comando da mineradora Vale, que tem entre seus acionistas o BNDES e o fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil (BB).

“Não está se discutindo a Vale neste momento. A Vale é uma empresa importante no Brasil, mas não está se discutindo isso”, afirmou Jucá.

Mais cedo, circularam rumores na imprensa de que o presidente da Vale, Murilo Ferreira, poderia ser substituído com o novo governo.