Brasília
(AG) – As exportações de US$ 6,474 bilhões registradas em outubro de 2002 representam o maior valor mensal para meses de outubro da história do País e o segundo maior da história do comércio exterior brasileiro. Segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spíndola, o resultado de outubro só perde para o superávit de setembro deste ano, quando as exportações ficaram em US$ 6,492 bilhões. Ela lembrou ainda que o superávit comercial de US$ 2,204 bilhões do mês passado é o segundo maior já obtido em um único mês, sendo superado apenas pelo de setembro de 2002 (US$ 2,480 bilhões).O aumento do superávit em relação a outubro do ano passado (US$ 246 milhões), segundo ela, reflete um aumento de 29,4% das exportações e uma queda de 10,2% nas importações. A secretária destacou que em outubro, em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve aumento de vendas externas de todas as categorias de produtos. Em relação ao ano passado, as vendas de básicos cresceram 40,6%, de semimanufaturados, 37,5%, e de manufaturados, 21,5%.
O principal produto da pauta de exportações de outubro foi a soja em grão, seguida pelo farelo de soja e minério de ferro. No grupo dos semimanufaturados, destacaram-se as vendas de ferro, aço, celulose, açúcar em bruto e óleo de soja. No caso dos manufaturados, destacam-se as vendas de aviões, aparelhos receptores e transmissores, motores para veículos e calçados.
Do lado das importações, houve uma queda de 31,2% das compras de bens de capital e de 8,4% de bens de consumo. No caso de matérias-primas e produtos intermediários, a queda foi de 4,2%. Por outro lado, cresceram em 8,1% as importações de combustíveis e lubrificantes. Isso, devido ao aumento dos volumes importados e dos preços internacionais do petróleo. No acumulado do ano, a queda nas importações é de 16,6% em comparação ao mesmo período de 2001.
Segundo a secretária, esse resultado não se deve exclusivamente a uma opção dos empresários em importar menos devido à alta do dólar. Também seriam responsáveis por esse número a substituição de importações e novos investimentos que as indústrias estão fazendo. A estimativa oficial do governo é que o superávit comercial este ano seja de US$ 11 bilhões.