Queda na venda de veículos no Estado

As vendas de veículos novos, no Paraná, passaram por queda em agosto, tanto na comparação com julho (-6,55%), como no confronto com o mesmo mês do ano passado (-13,44%), informou ontem a seccional paranaense da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-PR).

As vendas acumuladas do ano também estão menores (-16,41%) que nos primeiros oito meses de 2008. Mas há dois consolos para as concessionárias: a redução no mês já era esperada e a perspectiva para o restante do ano é de, no mínimo, normalidade.

As quedas aconteceram na maioria dos segmentos e comparações. Houve apenas um aumento de 0,74% nas vendas dos automóveis, na comparação com agosto de 2008.

No entanto, o número de 15.742 unidades vendidas no Paraná é 8,12% menor que o de julho, que teve mais de 17 mil vendas. No acumulado do ano, a soma é de 118 mil unidades também menor (-3,32%) que no mesmo período do ano passado.

Avanços significativos ocorreram apenas na comercialização de ônibus. As 210 unidades vendidas representaram 45,83% a mais que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano também há alta no segmento, com 1.695 vendas mais que o dobro (107,47%) das 817 registradas no mesmo período em 2008.

Por outro lado, as vendas de motos continuam em queda. Se, em agosto do ano passado, as concessionárias venderam quase 10 mil unidades, este ano o número chegou a apenas 6.170, em uma queda de 38%.

A taxa é a mesma quando a comparação é entre o acumulado de janeiro a agosto dos dois anos. No confronto com julho, a diminuição também acontece, mas é mais discreta: cerca de 3%.

Imposto

Para o diretor-geral da Fenabrave-PR, Luís Antônio Sebben, a retração em agosto e a previsão de recuperação a partir deste mês têm basicamente o mesmo motivo: a redução nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis que, a partir de outubro, até janeiro, começam gradativamente a voltar à porcentagem normal.

“Em agosto, o mercado trabalhou na condição normal”, afirma. “Este mês, esperamos que os clientes que queiram o benefício integral procurem as concessionárias.”

A partir de outubro, com a volta do imposto, o impacto, acredita Sebben, pode ser absorvido pelo mercado por outras formas, como ofertas e condições especiais para compra.

Assim, ele prevê que as vendas do último trimestre sejam pelo menos normais, na comparação com o ano passado. Sobre as reduções nas vendas das motos, Sebben afirma que o motivo é um só: “É o crédito, que não acompanhou a mesma evolução dos automóveis, com mais oferta e taxas reduzidas”, explica.

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