As vendas da CPFL Energia no segundo trimestre do ano encolheram 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, puxadas principalmente pela retração de 5,4% no consumo da classe industrial. Na área residencial, houve queda de 1,5%. Já na área comercial, as vendas da CPFL cresceram 0,6% em igual base comparativa.
De acordo com o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, o resultado reflete o “momento da recessão econômica” brasileira e o impacto se dá em todos os principais segmentos de vendas, incluindo o residencial, onde as margens das distribuidoras costumam ser melhores.
“Pela primeira vez estamos reportando dados de redução de venda em áreas de concessão”, afirmou Ferreira na abertura de sua apresentação dos resultados do segundo trimestre, voltada a analistas e investidores.
O menor consumo residencial do segundo trimestre contrasta com o aumento da base de clientes. De acordo com a companhia, a CPFL detinha 6,8 milhões de clientes residenciais no segundo trimestre, um aumento de 2,9% sobre o mesmo período do ano passado.
Ao justificar a queda do consumo de energia, Ferreira destacou o aumento médio de 67% no preço médio da energia vendida pela CPFL entre os dois trimestres. Além disso, ele cita o aumento da taxa de desemprego, da massa de renda do brasileiro e do índice de confiança do consumidor.
O executivo também salientou hoje que a demanda por energia contratada fora da hora de ponta ainda cresce: +2,1%. Na ponta, por outro lado, o indicador caiu 1,4%.