Brasília – O rendimento médio dos trabalhadores caiu 0,5% entre julho e agosto deste ano, passando para R$ 1.109,40, de acordo com dados da pesquisa mensal de emprego, referente a agosto, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada, nesta quinta-feira (20). ?Isso mostra principalmente como a inflação, que vem sendo puxada pelos alimentos, acaba corroendo o poder de compra da população. O outro fator foi a criação de novos postos de trabalho, trazendo para o mercado pessoas com rendimentos menores", explicou o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
Na comparação com agosto do ano passado, o rendimento médio subiu 1,2%. ?Essa recuperação foi um pouco prejudicada porque o rendimento, que em relação ao ano passado vinha crescendo em torno 3 e 4%, em agosto aumentou menos?. Já a soma de rendimentos da população ocupada subiu 1% em agosto em relação ao mês anterior.
O contingente de pessoas ocupadas (51,9%), estimado em 21 milhões em agosto, aumentou 1% na comparação com o mês anterior. Em relação a agosto do ano passado, a ocupação cresceu 2,9%, o que representa a criação de cerca de 594 mil postos de trabalho.
Já a taxa de desocupação, que reflete a população economicamente ativa que está procurando emprego, foi de 9,5% em agosto, apresentando estabilidade na comparação com o mês anterior (9,5%), e queda de 1,1 ponto percentual em relação a agosto de 2006(10,6%). No mês passado, 2,2 milhões de brasileiros estavam desempregados.
Entre essas pessoas que estavam procurando trabalho, 57,7% eram mulheres e quase a metade (47,9%) tinha entre de 25 a 49 anos. Cerca de 24% eram os principais responsáveis na família e 20% estavam em busca do primeiro trabalho. Com relação ao tempo de procura, 45,5% estavam buscando trabalho por um período de 31 dias a seis meses.
A pesquisa do IBGE é feita em seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre.