O recuo de 1,5% na massa de rendimento dos trabalhadores em fevereiro ante igual mês de 2014 influenciou negativamente o desempenho das vendas do comércio no período, afirmou há pouco Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além da renda, o ritmo de aumento de preços e a desaceleração no crédito também têm contribuído para frear o consumo. “Se alguém está ganhando menos, vai deixar de consumir um tipo de bem, conforme a necessidade”, destacou.

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O varejo restrito, que não inclui veículos e material de construção, teve queda de 3,1% nas vendas em relação a fevereiro do ano passado – o pior resultado nesta comparação desde agosto de 2003 (-5,7%). Já no varejo ampliado, a queda de 10,3% nesta comparação foi a pior da série histórica, iniciada em 2003.

“No caso dos setores que têm mais peso, como varejo ampliado, 2012 foi o auge do consumo. Agora, quando a conjuntura econômica não está favorável, famílias estão com renda comprometida e há retirada nos estímulos ao consumo, os consumidores puxam o freio, e isso provoca desaceleração”, explicou Juliana.

Juliana comentou ainda que a concessão de crédito livre cresceu 5,2% em fevereiro ante igual mês de 2014, segundo dados do Banco Central. Entre fevereiro de 2013 e de 2014, essa alta era mais intensa, de 7,4%. “A renda caiu, a oferta de crédito está menor e alguns setores são influenciados pelos preços”, acrescentou a gerente.

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