Queda na produção industrial é recorde

A produção industrial do Paraná caiu 6,3% em abril na comparação com igual mês do ano passado. É o décimo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. Em março, a queda havia sido de 3,1%. Nos índices acumulado no ano (janeiro a abril) e acumulado nos últimos doze meses, o Paraná também registra taxas negativas: -5,7% e -2,0%, respectivamente. Os dados fazem parte da pesquisa de produção industrial regional, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em nível nacional, a produção industrial caiu 1,9%.

No Paraná, a queda no índice mensal reflete o comportamento desfavorável de oito dos quatorze ramos pesquisados. O setor que mais contribuiu negativamente para a formação do índice global foi veículos automotores (-21,4%), principalmente com a queda na produção de bombas injetoras para veículos, por conta de férias coletivas concedidas por importante empresa do setor, e automóveis.

Outros setores que também apresentaram impactos negativos relevantes foram refino de petróleo e produção de álcool (-7,4%), devido, sobretudo, à queda na fabricação de óleo diesel; alimentos (-3,3%), pressionado, principalmente, pelo item açúcar cristal; e madeira (-9,8%), com destaque para a queda em madeira compensada.

Por outro lado, edição e impressão (26,4%) sobressaiu com a maior contribuição positiva impulsionado, sobretudo, pelo avanço na produção de livros e brochuras.

Primeiro quadrimestre

No acumulado do ano (janeiro a abril), a produção industrial do Paraná recuou 5,7% na comparação com igual período do ano passado, com oito segmentos assinalando queda.

Os principais destaques negativos vieram de veículos automotores (-18,2%), máquinas e equipamentos (-15,1%) e edição e impressão (-14,7%). Por outro lado, apresentaram crescimento os segmentos de celulose e papel (8,9%) – por conta do item papel cartão -, e borracha e plástico (16,8%), em função, principalmente, do aumento em tubos, canos e mangueiras de plástico.

País

Em nível nacional, a produção industrial caiu em seis regiões, cresceu em outras seis e, em duas, permaneceu estável em abril. Além do Paraná, Santa Catarina, Amazonas, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo tiveram queda. Rio de Janeiro e Ceará mantiveram estabilidade, enquanto Pará – que registrou o maior crescimento, de 10,2% -, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e a região nordeste apresentaram expansão. Para o IBGE, a ausência de dois dias úteis em relação a abril do ano passado influiu na comparação.

A desaceleração entre março e abril atingiu a maioria (treze) das quatorze regiões investigadas. Essa perda de ritmo no indicador mensal também foi apontada no índice nacional que registrou crescimento de 5,3% em março e queda de 1,9% em abril. Esse movimento foi mais intenso no Amazonas (de 7,4% em março para -9,0% em abril), Ceará (de 12,7% para 0,0%) e em Santa Catarina (de 2,0% para -10,2%). O único local que mostra aceleração na produção, entre março e abril, foi Pernambuco (de 3,9% para 8,6%), resultado influenciado pelo crescimento atípico em produtos de metal, por conta de concessão de férias coletivas em abril de 2005, em uma importante empresa do setor.

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