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Queda do varejo foi provocada por supermercados e combustíveis, diz IBGE

O comércio varejista teve disseminação de resultados positivos entre as atividades pesquisadas na passagem de maio para junho, mas a forte queda no volume vendido por supermercados e por combustíveis levou a taxa global do mês a uma queda de 0,30%, observou Isabella Nunes, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 3,5%, interrompendo dois meses de taxas positivas, enquanto os Combustíveis e lubrificantes encolheram 1,9%, o segundo recuo seguido. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo IBGE.

“A queda do varejo em junho foi provocada por supermercados e combustíveis”, disse Isabella. As duas atividades respondem juntas por mais da metade das vendas do varejo. Os supermercados têm um peso de 45,6% na pesquisa, enquanto a fatia dos combustíveis é de 11,8%.

Por outro lado, houve crescimento em cinco das oito atividades investigadas em junho ante maio: Móveis e eletrodomésticos (4,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%). A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou estabilidade (0,0%) nas vendas.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas cresceram 2,5%. O volume vendido por veículos e motos, partes e peças subiu 16,0% em junho ante maio, enquanto o setor de material de construção teve expansão de 11,6%.

Revisões

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em maio ante abril, de uma queda de 0,6% para um recuo de 1,2%. A taxa de abril ante março passou de 0,7% para 1,1%, enquanto o resultado de março ante fevereiro saiu de 1,0% para 0,9%.

Segundo Isabella, a revisão sobre o recuo nas vendas do varejo em maio foi consequência da metodologia usada para fazer o ajuste sazonal dos dados, calculado a partir da entrada da informação de junho. “A série ajustada (sazonalmente) não conhecia esse evento pontual de paralisação dos caminhoneiros. A única variação mais forte entre as atividades foi de material de construção. A revisão é devido à entrada (dos dados) do mês de junho”, explicou Isabella.

O resultado do varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção, também sofreu revisão. A taxa de maio ante abril passou de queda de 4,9% para redução de 5,1%. A taxa de abril ante março saiu de 1,5% pata 1,6%.

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