Foto: Anderson Tozato/O Estado |
Em 2006, foram compensados 1,3 bilhão de cheques e devolvidos 27,5 milhões. continua após a publicidade |
O volume de cheques devolvidos por falta de fundos a cada mil compensados registrou queda de 7,4% em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior (agosto). Foram devolvidos por insuficiência de fundos, no nono mês de 2006, 18,9 cheques a cada mil compensados, enquanto em agosto deste ano, o volume de cheques devolvidos a cada mil compensados foi de 20,4.
De acordo com a Serasa, maior empresa do Brasil em pesquisas, informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios, em setembro deste ano, foram devolvidos, por falta de fundos, 2,5 milhões de cheques e os compensados totalizaram 132,5 milhões em todo o país. Houve 142,9 milhões de cheques compensados em agosto de 2006 e 2,9 milhões foram devolvidos por falta de fundos.
Na comparação com setembro de 2005, os cheques devolvidos a cada mil compensados recuaram 2,6%. Houve, no nono mês do ano passado, 19,4 cheques devolvidos por mil compensados. No total, foram compensados 157,7 milhões de cheques, em todo o país, e devolvidos 3,1 milhões, em setembro de 2005.
Acumulado
Apesar das quedas registradas no mês de setembro, o levantamento da Serasa apontou alta de 15,1% no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados na relação entre o acumulado dos nove meses de 2006 e o mesmo período de 2005. De janeiro a setembro de 2006, houve 21,3 cheques devolvidos por mil compensados, contra 18,5 nos nove meses do ano passado.
De acordo com o indicador, de janeiro a setembro deste ano, em todo o país, foram compensados 1,3 bilhão de cheques, sendo 27,5 milhões devolvidos por insuficiência de fundos. No mesmo período de 2005, o total de cheques compensados foi de 1,5 bilhão, e o de devolvidos, 27,1 milhões.
Segundo os técnicos da Serasa, a queda no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados, em setembro deste ano frente ao mês anterior (agosto) e a setembro de 2005, retrata o crescimento da renda disponível do consumidor, sustentado pelo aumento do salário mínimo, inflação em queda, expansão do emprego e reajustes salariais com ganho real para diversas categorias. Além disso, a desaceleração na expansão do crédito, nos últimos meses, indica que parte dos consumidores está priorizando o pagamento das dívidas assumidas.
Contudo, a maior oferta de crédito e o alongamento nos prazos de pagamento elevaram o nível de endividamento da população, mantendo o volume de cheques devolvidos superior ao registrado entre janeiro e setembro de 2005.