A queda de 10,9% na produção industrial em maio ante abril foi o segundo pior desempenho em toda a série histórica da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, iniciada em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo foi o mais acentuado desde dezembro de 2008, quando tinha registrado uma perda de 11,2%.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a queda de 6,6% em maio foi a mais aguda desde outubro de 2016, quando a indústria encolheu 7,3%, além de ter interrompido uma sequência de 12 meses seguidos de taxas positivas.
Bens de capital
A produção da indústria de bens de capital teve queda de 18,3% em maio ante abril, informou o IBGE. Na comparação com maio de 2017, o indicador mostrou redução de 6,6%. No ano, houve crescimento de 9,5% na produção de bens de capital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 8,8%.
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 15,4% na passagem de abril para maio. Na comparação com maio de 2017, houve redução de 9,7%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 3,0%. No acumulado em 12 meses, o avanço foi de 3,9%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de maio foi de recuo de 27,4% ante abril, o pior desempenho da série histórica iniciada em 2002. Em relação a maio de 2017, houve diminuição de 11,9%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve queda na produção de 12,2% em maio ante abril, também recorde na série histórica. Na comparação com maio do ano passado a produção encolheu 9,1%.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 5,2% em maio ante abril. Em relação a maio do ano passado, houve uma perda também de 5,2%. No ano, os bens intermediários tiveram aumento de 0,7%. Em 12 meses, houve elevação de 1,8% na produção. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria teve queda de 3,4% em maio.
Revisão
O IBGE revisou o crescimento da produção industrial em março ante fevereiro de -0,1% para estabilidade (0,0%).
O resultado de bens de capital de abril ante março foi revisto de 1,4% para 1,6%. O desempenho de março ante fevereiro saiu de avanço de 3,8% para 3,9%.
Na categoria de bens intermediários, a taxa de abril ante março foi revisada de 1,0% para 1,5%. A taxa de março ante fevereiro saiu de -0,7% para -1,0%.
O desempenho de bens de consumo duráveis em abril ante março passou de 2,8% para 2,6%.
Já a alta de bens de consumo semi e não duráveis em março ante fevereiro saiu de 0,5% para 0,6%.