O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, avaliou que a redução de 1 ponto porcentual da taxa básica de juros, para 12,75% ao ano, não atende aos interesses do País em um momento de crise. “Não podemos esperar 45 dias para uma nova queda”, disse.

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Apesar disso, Skaf acredita que “a política monetária brasileira mudou”. “E isso não é ruim. Esperamos, entretanto, que esta queda seja o início de um rápido processo capaz de tornar os juros no Brasil equivalentes às taxas praticadas em todo o mundo. O ideal é chegarmos, o quanto antes, a 8% ou 9%”, afirmou.

Para a Fiesp, a economia produzida pela queda da Selic deve ser direcionada a investimentos públicos, principalmente na infraestrutura. A entidade cobrou ainda a redução da carga tributária, dos spreads bancários e a ampliação do prazo para recolhimento de impostos.

Fecomercio-SP

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Já o presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, disse hoje que a redução da taxa básica de juros é positiva, ainda que tardia, e mostra que o Banco Central (BC) “finalmente compreendeu a gravidade da crise”. “O importante agora é o Copom sinalizar que este é o início de um ciclo de queda para levar a Selic até uma taxa de um dígito”, disse.

Para a Fecomercio-SP, a taxa de juro básica máxima aceitável no Brasil seria de 9% ao ano. “Esses 9% seriam suficientes para remunerar os investimentos em cerca de 4 pontos porcentuais acima da inflação.”

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