Quebra na safra é a pior em 20 anos

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou ontem que o País enfrenta a maior queda de produção agrícola por fatores climáticos nos últimos 20 anos. Segundo Rodrigues, a safra deste ano deverá ser menor que a do ano passado, que foi de 119 milhões de toneladas de grãos.

Hoje a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulga um novo levantamento desta safra, que deve mostrar resultados abaixo de 115 milhões de toneladas. O número representa uma redução de quase 20 milhões de toneladas em relação à estimativa inicial do órgão, que era de 131 milhões.

?Houve uma seca brutal no Rio Grande do Sul, onde as quebras (de safra) chegam a 50%, 60% ou até 70% em alguns casos. Ela atingiu também Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. A queda de milho e soja é impressionante, inédita na nossa história recente?, disse ele.

Dólar

Segundo o ministro, a cotação do dólar não trará perdas significativas em termos de exportações para o agronegócio neste ano. Apesar ?das grandes perdas em soja, milho e algodão, vamos ter ganhos em café, açúcar, carnes e suco de laranja?, disse o ministro.

O volume de exportações deve repetir o do ano passado, mas o saldo comercial deverá ser menor, com o aumento das importações de insumos e produtos agrícolas.

Para Rodrigues, a taxa de câmbio não é o único fator a prejudicar a rentabilidade do agronegócio neste ano. O aumento dos custos de produção em relação ao ano passado também contribui para reduzir os lucros do setor.

?Adubos, defensivos e equipamentos agrícolas foram comprados com o dólar a R$ 3 e estamos vendendo agora a R$ 2,40. Há uma defasagem na relação custo-produção nos produtos agrícolas?, afirmou. O ministro estima que o dólar a R$ 3 seja o melhor patamar para a agricultura hoje. 

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