Quatro estados apresentam focos de ferrugem da soja

O fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, já foi identificado em quatro estados brasileiros – Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná – nesta safra 2004/2005. De acordo com a Embrapa Soja, os focos não estão em áreas de plantio comercial, mas sim nas de soja com germinação voluntária, ou em unidades de alerta dos participantes do Consórcio Antiferrugem.

Em Goiás, a ferrugem foi identificada em unidade de alerta, instalada sob pivô central (irrigação), no município de Jandaia, e confirmada pela Faculdade de Agronomia de Rio Verde. A presença do fungo nos municípios gaúchos de Sananduva e Nonoai foi confirmada pelo Laboratório de Fitopatologia da Universidade de Passo Fundo. Em Nonoai, a ferrugem foi encontrada em plantas germinadas voluntariamente, próximas a armazéns de semente. Já em Sananduva, as amostras de ferrugem são de plantas de soja que germinaram dentro de uma lavoura de trigo. Essas plantas de soja sobreviveram à ocorrência de geadas e, protegidas pelo cultivo de trigo, mantiveram a ferrugem.

Além dos dois municípios gaúchos, a ferrugem já havia sido identificada em Primavera do Leste e Ipiranga do Norte, em Mato Grosso, em três unidades de alerta, confirmadas por pesquisadores da Fundação Mato Grosso e da Fundação Rio Verde. Nessas unidades de alerta, instaladas sob pivô central em Primavera do Leste, a ferrugem foi identificada no estágio vegetativo. Em Ipiranga do Norte, a ferrugem foi identificada no final da floração.

Em Nova Cantu, no Paraná, sintomas de ferrugem foram identificados em plantas voluntárias de soja no início do enchimento do grão em plantas, fruto da germinação de grãos perdidos na colheita. Apesar de ainda não ter sido identificada em área comercial de soja, a Embrapa reforça que os produtores devem monitorar suas áreas. "O aparecimento da ferrugem no estágio vegetativo mostra que a cultura é suscetível à ferrugem durante todo seu desenvolvimento, podendo aparecer mais cedo quando ocorre alta pressão de inóculo do fungo e condições climáticas favoráveis", disse a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.

"O alerta que fazemos aos produtores é que intensifiquem o monitoramento em suas áreas e fiquem atentos às informações sobre novos focos da ferrugem em áreas comerciais. Somente o controle adequado do fungo vai evitar perdas", completou a pesquisadora. Informações detalhadas sobre a ferrugem asiática da soja e formas de identificação e controle da ferrugem, mapa de ocorrência da doença e outros dados estão disponíveis no sistema de alerta da Embrapa soja no

 www.cnpso.embrapa.br/alerta.

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