O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy, afirmou que a reforma tributária tem de ser simples. “Quanto mais simples, melhor.”

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Após participar do evento Brazil Summit 2019, da revista The Economist, em São Paulo, o ex-ministro disse que, quando saiu do ministério, deixou delineada uma reforma do PIS/Cofins, que cria créditos financeiros. “Tudo o que está na nota fiscal gera um crédito financeiro, com algumas pequenas exceções. Se tiver o crédito financeiro, acabar com o monte de regimes especiais e reduzir o número de alíquotas idealmente a uma, mas se for necessário a duas ou três, já tem 80% do benefício da reforma tributária”, avaliou.

Levy, contudo, disse que tudo depende da realidade política, mas que o ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou conforto em focar no PIS/Cofins. “Começamos em 2015 e pode ser uma maneira, se tiver consenso, de ser produtivo e rápido, até pelo calendário de eleições municipais no ano que vem.”

O ex-ministro ainda avaliou que o País avançou com a reforma da Previdência, mas que há muito para ser feito, principalmente para facilitar negócios, como mostra o ranking Doing Business, que mostrou queda do Brasil.

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Levy ainda disse que o governo deveria focar na agenda da simplificação tributária, da inovação e a reforma administrativa, que, segundo ele, é uma enorme oportunidade racionalizar o serviço público.