A tentação do contribuinte de pôr a mão no dinheiro da restituição do Imposto de Renda antes da liberação dos lotes pela Receita Federal, a partir de junho, é reforçada pelos bancos, que passaram a oferecer linhas de crédito especial para quem apurou imposto a restituir na declaração. Mas essa antecipação, como qualquer financiamento bancário, tem um custo. Em razão disso, a opção precisa ser bem avaliada pelo contribuinte e contratada apenas em algumas situações bastante específicas.
Especialistas em finanças avaliam que o saque antecipado da restituição do IR como empréstimo bancário é interessante apenas quando se pretende usar o dinheiro para quitar dívidas com juros mais pesados, como as do cheque especial e cartão de crédito. Usar esse crédito para a compra de produtos não seria o mais indicado. É mais interessante esperar a restituição para fazer a compra à vista. O valor da devolução é corrigido pela variação da taxa Selic a partir de maio até o mês anterior ao da liberação, mais 1% do mês da restituição.
Nos bancos pesquisados, o empréstimo é concedido apenas aos clientes, com juros de 2,75% a 3,50% ao mês.
