Apesar da grande desconfiança dos consumidores em relação ao setor, uma boa notícia pode reduzi-la. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a qualidade dos combustíveis está melhorando no Paraná. Se em 2007, as amostras de gasolina que apresentavam algum tipo de adulteração representavam 3,3% do total, no trimestre entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, passaram a ser apenas 1%. O mesmo aconteceu com o etanol, que passou de 1,7% para 0,5%, e com o diesel, que diminuiu de 1,2% para 0,5%.
“Antigamente, os combustíveis aqui no Paraná tinham uma qualidade muito ruim, com até 22% de adulteração, mas nos últimos cinco anos, com a intensificação da fiscalização, essa realidade mudou bastante. Até vemos adulterações grosseiras, como excesso de álcool na gasolina ou de água no álcool, mas é bem menos”, reforça o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese. A informação é confirmada pelo gerente executivo do Comitê Sul Brasileiro de Qualidade de Combustíveis (CSQC), Fabrizzio Machado da Silva. “A qualidade dos combustíveis é boa, o problema é a sonegação mesmo”.
Outra notícia que deve animar os consumidores é o fato de a nova presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, ter afastado as informações de alta nos preços da gasolina, apesar do aumento no preço do barril de petróleo no mercado internacional. “Embora haja especulações sobre a possibilidade de alta, temos uma política do governo federal de que os reajustes do mercado externo não sejam repassados ao mercado interno. Portanto, dificilmente o preço do barril do petróleo vai proporcionar mudanças nos preços aqui, ainda mais que o governo federal subsidia 16% do diesel e 22% da gasolina com recursos do Tesouro Nacional”, explica Fregonese. Um levantamento da ANP aponta que o preço médio praticado em Curitiba fica em R$ 2,59.