O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), disse nesta segunda-feira que seu partido “não vai criar caso” para votar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, no plenário. Ele ressaltou, no entanto, que colocá-la em votação “não significa dizer amém ao que pensa a Fiesp e o que pensa o governo”.
Para ele, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e seu presidente, Paulo Skaf, estão defendendo os interesses econômicos que sempre defenderam. “Não achamos que só é bom o que o governo pensa e a Fiesp concorda. Prejudicar os trabalhadores nunca foi bom para o Brasil”, afirmou o deputado ao chegar para reunião de líderes da base do governo na Casa com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Em sua avaliação, a medida em discussão não pode prejudicar os trabalhadores e deveria ter sido debatida com os governadores. “Essa MP chegou sem diálogo nenhum. Agora, na reta final, todo mundo está querendo dialogar”, comentou.
Albuquerque disse que, se o governo garantir que não vetará nenhum ponto do relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), seu partido apoiará a aprovação da MP.